Nem sequer é Primavera.
Na rua vejo rostos tristes
Misérias…
A vida é dura (loucuras)
O dinheiro é pouco
O cansaço é tanto
Que a alma se encolhe
E o sorriso foge.
Então, uma criança sorri!
Uma pomba risca o céu ABSURDAMENTE AZUL!
Tão azul, que dá para fingir que não é inverno.
Na vitrine de uma floricultura as flores também sorriem!
Guardando em si verdades
Que os homens teimam em não ver
Pelo vidro eu as observo…
Lindas! Uma festa de cores…
Plenas na sua curta existência.
Sem posses, sem títulos,
Sem diplomas, sem teorias…
Só VIDA.
Sem passado, sem futuro.
Só VIDA.
Preciosa demais. Linda demais
(mesmo quando nos machuca e nos faz chorar)
Mesmo quando o desânimo nos assola
E o próximo parece ser o mais próximo inimigo.
Eu não vejo apenas flores em uma vitrine de floricultura!
VEJO A VIDA!
Talvez uma pegada, um rastro.
Que uma PRESENÇA MAIOR deixou aqui na terra
Para que possamos compreender
Que apesar da miséria humana, das decepções,
Dos nossos limites e da nossa dor
VIVER SEMPRE VALE A PENA*
(se a alma não é pequena)
Irene Carmo Pimenta
(Texto escrito em Junho de 1998)
TEXTO: Irene Carmo Pimenta
Imagens: Internet:
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