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Chacras (do sanscrito: rodas) são os centros de força situados no corpo energético e que têm como função principal a absorção de energia – prana, chi – do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico. Os principais chacras são sete – que estão conectados com as sete glândulas que compõem o sistema endócrino: coronário, frontal, laríngeo, cardíaco, umbilical, sexual e básico. Eis aqui os principais chacras e seus respectivos bija-mantras(1) de ativação.

CORONÁRIO (do sânscrito: “Sahashara”: “O lótus da mil pétalas”): (3)
Topo da cabeça; ligado à glândula pineal (epífise);
Bija-mantra: “Brahmarandra” (4) ou o “OM”.

FRONTAL (do sânscrito: “Ajnã”: “Centro de comando”):
Testa; ligado a glândula hipófise (pituitária);
Bija-mantra: “OM”.

LARÍNGEO (do sânscrito: “Vishudda”: “O purificador”):
Garganta; ligado à glândula tireóide (e paratireóides);
Bija-mantra: “HAM”.

CARDÍACO (do sânscrito: “Anahata”: “Invicto”; “Inviolado”):
Coração; ligado à glândula timo;
Bija-mantra: “YAM”.

UMBILICAL (do sânscrito: “Manipura”: “Cidade das jóias”):
Cerca de dois centímetros acima do umbigo (controla toda a região do plexo
solar); ligado `a glândula pâncreas;
Bija-mantra: “RAM”. (5)

SACRO (do sânscrito: “Swadhistana”: “Morada do Prazer”):
Região do baixo ventre (pela sua própria localização no corpo, esse chacra
seria melhor denominado como “gênito-urinário”); ligado às gônadas (homem:
testículos; mulher: ovários);
Bija-mantra: “VAM”.

BÁSICO (do sânscrito: “Muladhara”: “Base e fundamento”; “Suporte”):
Base da coluna; ligado às glândulas supra-renais;
Bija-mantra: “LAM”.

NOTAS:

(1) Bija-mantra (do sânscrito): “Núcleo vibratório de um mantra”; “Mantra-semente”; “Senha vibratória para evocação de uma determinada freqüência espiritual”.

(2) Isso é só uma síntese. Há muito mais a considerar, tanto na parte teórica, como na parte prática de exercícios ativadores dos chacras. As variações das cores dos chacras, o número de pétalas (raios), suas funções vitais, os parachacras (chacras do corpo espiritual), o ectoplasma, enfim, há muito a estudar nessa área…

(3) O chacra coronário tem 972 pétalas (raios), sendo 960 na parte periférica e mais 12 raios em seu núcleo central (960 + 12 = 972). Por motivos esotéricos, os iogues arredondaram logo para 1000 pétalas.

(4) Brahmarandra (do sânscrito): “Portão de Brahman”; “Portão de Deus”. É uma definição esotérica do orifício central (com suas 12 pétalas em estreita relação com o chacra cardíaco) do chacra coronário. É por isso que vários iogues narram projeções de consciência através do topo da cabeça. Eles fazem a kundalini ascender pelo nádi sushumna (conduto sutil principal que sobe pelo centro energético da coluna) e “esguichar” energeticamente pelo alto da cabeça. É a saída consciente pelo Brahmarandra. Em alguns casos, há também a ativação da glândula pineal no processo.

(5) RAM (do sânscrito: “Bija-mantra do chacra manipura”): Além de ser o bija-mantra do chacra umbilical, RAM é a abreviatura do nome do sétimo avatar de Vishnu: “Rama” (Ramachandra). É um mantra de considerável poder. Também significa “Virtude”.

(6) Kundalini (do sânscrito): “Enroscada”; “Fogo Serpentino”; “Shakti”. É a energia que entra no campo energético por intermédio do chacra básico. É também chamada genericamente aqui no Ocidente de energia telúrica (energia da terra) ou geoenergia. Contudo, essa definição ocidental é muito pobre. Os orientais, notadamente os hindus, tibetanos e chineses antigos (taoístas), aprofundaram-se bastante no estudo dessa energia. Há muito mistério em cima desse tema, principalmente por parte de gnósticos e iogues. Há também muita leviandade e ignorância das pessoas quando falam nisso. Alguns acham que é só “acender um foguete no traseiro” e decolar espiritualmente. Outros querem o despertar da kundalini sem sequer conhecerem o mecanismo dos chacras e dos nádis. Mas, os piores são aqueles que querem tratar disso sem nenhum amor ou crescimento espiritual compatível com tal empreitada consciencial. Aqui por e-mail fica difícil explicar um tema desse quilate, mas oportunamente postarei alguma coisa a respeito.

(7) Muitos autores retrógrados costumam dizer que estudar e ativar os chacras é perigoso (é a mesma história em relação à projeção da consciência). Na verdade, perigoso é segurar informação e prendê-la dentro de um grupo fechado, pois assim o resto da humanidade fica na ignorância, o verdadeiro perigo disso tudo. O perigo é querer envolver-se nesses assuntos de maneira egoísta ou leviana. Porém, quem quer crescer e sente em seu íntimo o chamado da espiritualidade em direção à maturidade consciencial, deve ir fundo, sem temor ou repressão de doutrinas, pessoas, institutos ou esquemas bolorentos de bloqueio de informação. O potencial está dentro de nós mesmos, adormecido, esperando nossa resolução consciencial. Chega de inércia! Isso é que é maya! (do sânscrito: “ilusão”).

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