Grande mãe me acolhe!
Desata meus pulsos…
Minha alma quer se libertar
E bailar descalça junto às fogueiras.
Permita mãe,
que eu entoe novamente
O sagrado canto da vida!
Que o som da minha alma ecoe
E se incorpore novamente
A alma do mundo!
Mãe! Recebe-me em teu ventre quente e úmido
Lava minhas vestes em teus rios
Dispersa minha dor em teus ventos
Transforma novamente em riso
Os meus lamentos.
Cuida de mim senhora!
Eu que em mim sou tantas
Cigana, cortesã
Mãe, parideira
Guerreira exausta
Curandeira
Amiga-amante-namorada
Poeta (tantas vezes renegada)
Sou tantas…
Ou apenas a sua criança
Querendo voltar para casa!
Antes do crepúsculo… Antes que anoiteça!
Irene Carmo Pimenta
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