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Com o advento da Revolução Industrial e, um pouco antes, no século XVI, com a fundação das igrejas, das empresas e do expansionismo branco, quando culturas nativas foram massacradas, a humanidade distanciou-se da natureza, criando um mundo onde reina a poluição, a violência e todo tipo de desequilíbrios. Vendo a terra apenas como fonte de rendimento e os minerais, vegetais e animais como meios para servir os seus interesses, o homem cortou os laços que o ligavam à Mãe Terra, tornando-se solitário, desvitalizado, desencantado e desequilibrado.

Através das práticas xamanicas, milhares de pessoas procuram resgatar esse elo perdido com a Mãe Terra, restabelecendo o seu próprio equilíbrio.

O Xamanismo é antes de tudo um processo de autoconhecimento. Um processo que acontece nas profundezas do inconsciente, onde emergem forças criativas e curativas do Inconsciente Coletivo.

De forma análoga ao que busca a moderna psicoterapia, as curas xamanicas objetivam também o estabelecimento de uma ponte entre o consciente e os conteúdos do inconsciente profundo. Não há, praticamente, diferenças substanciais entre uma postura e a outra. As psicoterapias seriam sistemas formais de pesquisa e cura do inconsciente. No xamanismo, isso ocorre de uma forma natural e empírica, nos moldes consagrados de uma sabedoria multimilenar que a pesquisa moderna vem resgatando.

“Na aurora da Humanidade, quando reinava o Caos Primordial e o Sono da Inconsciência, os Xamãs – homens e mulheres que possuíam o dom de sair fora do corpo – visitavam o mundo dos Arquétipos e entravam em contato com o Arquétipo do Divino. ( Up From Edem – Ken Wilber )

“Tocados pela força da Revelação, esses Xamãs iniciaram o processo de “despertar” a Humanidade. Por esse feito, foram considerados “Heróis da Consciência e Iniciadores da Civilização” (História da Origem da Consciência – Erick Newmam).

“Hoje novamente vivemos o Caos e dormimos o Sono da Inconsciência, situação essa que faz ressurgir o arquétipo do Xamã”. (Carminha Levy)

De forma lenta e progressiva o Xamanismo vem ganhando espaço em todas as camadas sociais e culturais. Retomando a sua primitiva missão de despertar novamente a consciência do Ser Humano através do Caminho do Coração. Surgem os Neo-Xamãs que vêm unir a sabedoria ancestral às conquistas científicas e tecnológicas da modernidade, trazendo para a sociedade moderna o xamanismo como uma filosofia de vida.

Podemos perceber que as práticas xamânicas estão retornando hoje como uma força viva. Existe um movimento mundial de retorno ao Xamanismo, inspirado pela pesquisa de Mircea Eliade (Xamanismo e Técnicas Arcaicas de Êxtase) e pelo trabalho de pioneiros como Carlos Castanheda e Michael Harner, entre outros, que ousaram desafiar a comunidade científica com o estudo e prática desta tradição primitiva e arcaica.

A partir da década de 60, o antropólogo americano Michael Harner, ao pesquisar a civilização dos índios da Amazónia Peruana, submeteu-se voluntariamente a uma iniciação xamânica. Nesse processo, ele entrou em contato com o universo do xamã. A partir daí, percebeu que as técnicas multimilenares dos xamãs poderiam ser trazidas ao homem racional e utilizadas para o restabelecimento da energia vital e, conseqüentemente, do equilíbrio psicológico e corporal.

A grande tendência mesmo é que o Xamanismo torne-se presente em nosso dia a dia como um estilo e filosofia de vida ou mesmo um estado de espírito de total contemplação e adequação à natureza.

TEXTO: Teia de Luz

Imagens: Internet:

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